Todos os dias aquele ratinho
Está sentado à beira do abismo
Ele olha para o outro lado
E vislumbra a primavera
E todas as pontes que o levaram a ela.
Mas quando os pingos ácidos
Caem sobre ele
As pontes somem, de repente.
E ele está prestes a cair,
Se a culpa é das pontes que somem,
Dos olhos que não as enxergam
Ou dos pingos...
Quem sabe se ele conseguisse
Impedir que os pingos o tocassem...
Nem o ratinho sabe
Se caiu, quantas vezes...
Mas quem viu seus olhos
Pela ultima vez
Soube que lá não era mais!
O espelho do abismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário